terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Deus é um Deus que dá presentes!

No passado domingo tivemos um encontro muito especial!
No meio da correria e da preparação de mais um Natal conseguimos parar um bocadinho e pensar realmente no Natal..
Foram-nos colocadas várias perguntas...
Afinal o que é o Natal?
Como pode este facto tão simples ecoar desta forma há já 2008 anos?
Sabemos que o Natal nos dias de hoje, tem uma componente muito comercial nos dias de hoje. Como pode o nascimento de Jesus fazer parte desse meio, como pode fazer sentido a sua presença?
Realmente, o Natal só faz sentido se o vivermos com o nosso inteiro coração, porque só assim, conseguimos viver a sua verdadeira magia..
Por vezes, é dificil vive-lo na correria dos presentes, mas... "Deus é um Deus que dá presentes"!
As vezes, não é preciso procurarmos nas lojas mais próximas um presente de Natal, nem procurarmos na internet como tornar este Natal especial...basta olhar um bocadinho à nossa volta, sem nunca esquecer deste Menino que vai nascer.
Deixo-vos um video muito especial!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Palavra de Vida de Dezembro de 2008

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!” (Lc 22,42b)

Você se lembra? É a oração que Jesus dirige ao Pai no Horto das Oliveiras e que dá sentido à sua paixão, depois da qual veio a ressurreição. Essa frase exprime em toda a sua intensidade o drama que se passa no íntimo de Jesus. Revela a ferida interior provocada pela repugnância profunda da sua natureza humana diante da morte que o Pai quis para ele.Mas Cristo não esperou esse dia para adequar a sua vontade à vontade de Deus. Ele fez isso durante toda a vida. Se foi essa a conduta de Cristo, essa deve ser a atitude de cada cristão. Também você deve repetir na sua vida:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Talvez você ainda não tenha pensado nisso, mesmo sendo batizado, mesmo sendo filho da Igreja. Talvez você tenha reduzido essa frase a uma mera expressão de resignação, que se pronuncia quando não se pode fazer mais nada. Mas essa não é a sua verdadeira interpretação. Veja bem. Na vida você pode escolher uma destas duas direções: fazer a própria vontade ou optar livremente por fazer a vontade de Deus. Então você terá diante de si duas possibilidades: a primeira, que será logo decepcionante, porque você vai querer escalar a montanha da vida com suas idéias limitadas, com seus próprios recursos, com seus pobres sonhos, somente com as suas forças. A partir daí, mais cedo ou mais tarde, virá a experiência da rotina de uma existência marcada pelo tédio, pela mediocridade, pelo pessimismo e, às vezes, pelo desespero. A partir daí virá a experiência de uma vida monótona – apesar dos seus esforços para torná-la interessante – que nunca chegará a satisfazer suas exigências mais profundas. Isso você tem que admitir, não pode negar. A partir daí, no final de tudo, ainda virá uma morte que não deixará rastro algum, mas apenas algumas lágrimas e depois o esquecimento inexorável, total e universal. A segunda possibilidade é aquela em que também você repete:


“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Veja bem: Deus é como o sol. Do sol partem muitos raios que atingem cada homem: representam a vontade de Deus para cada um. Na vida, o cristão, e também todo homem de boa vontade, é chamado a caminhar rumo ao sol, na luz do seu próprio raio, diferente e distinto de todos os outros. Assim realizará o projeto maravilhoso, pessoal, que Deus preparou para ele. Se também você agir assim, vai se sentir envolvido numa divina aventura, nunca sonhada. Você será ao mesmo tempo ator e espectador de algo grandioso que Deus realiza em você e, por meio de você, na humanidade. Tudo o que lhe acontecer, como sofrimentos e alegrias, graças e desgraças, fatos de relevo (como sucessos e sorte, acidentes ou mortes de entes queridos), fatos corriqueiros (como o trabalho do dia-a-dia em casa, no escritório ou na escola), tudo, tudo vai adquirir um significado novo porque lhe será oferecido pelas mãos de Deus que é Amor. Tudo o que ele quer, ou permite, é para o seu bem. E se, de início, você acreditar nisso somente com a fé, depois enxergará com os olhos da alma como que um fio de ouro a ligar acontecimentos e coisas, a tecer um magnífico bordado, que é o projeto que Deus preparou para você.Talvez você se sinta atraído por esse modo de ver as coisas, talvez queira sinceramente dar à sua vida o sentido mais profundo.Então ouça. Antes de tudo vou lhe dizer quando você deve fazer a vontade de Deus.Pense um pouco: o passado já se foi e você não pode mais alcançá-lo; só lhe resta colocá-lo na misericórdia de Deus. O futuro ainda não chegou; você vai vivê-lo quando ele se tornar atual. Apenas o momento presente está em suas mãos. É justamente nele que você deve procurar viver a frase:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Quando você viaja – e também a vida é uma viagem –, permanece sentado tranqüilamente em seu lugar. Nem lhe passa pela cabeça a idéia de ficar caminhando para frente e para trás no ônibus ou no vagão do trem. Essa atitude seria de quem quisesse viver a vida sonhando com um futuro ainda inexistente, ou pensando no passado que jamais voltará. Não, o tempo caminha por si mesmo. É preciso concentrar-se no presente; então chegaremos à plena realização de nossa vida terrena. Você me perguntará: mas como posso distinguir entre a vontade de Deus e a minha? No presente não é difícil saber qual é a vontade de Deus. Vou lhe indicar um caminho: preste atenção à voz do seu íntimo, uma voz sutil, que talvez você tenha sufocado muitas e muitas vezes, e que se tornou quase imperceptível. Mas, procure ouvi-la bem – é voz de Deus (cf. Jo 18,37; cf. Ap 3,20). Ela lhe diz que este é o momento de estudar, ou de amar algum necessitado, ou de trabalhar, ou de vencer uma tentação, ou de cumprir um dever de cristão ou outro dever de cidadão. Ela o convida a dar ouvidos a alguém que lhe fala em nome de Deus, ou a enfrentar corajosamente situações difíceis... Ouça, ouça. Não sufoque essa voz. É o tesouro mais precioso que você possui. Siga-a. E, então, você construirá momento por momento a sua história, que é ao mesmo tempo história humana e divina, porque feita por você em colaboração com Deus. E você verá maravilhas. Verá o que Deus pode realizar numa pessoa que diz com toda a sua vida:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 1978.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

6º Dia: O Cântico do amor

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.
Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num
espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.


(1 Cor 13, 1-13)


Consciência
Quando fazes algum gesto bonito para alguém, sentes que estás a amar verdadeiramente?

Pratica
Amar é algo concreto... Para alem dos adjectivos no texto que nos dizem o que é o Amor, quantos mais utilizarias para descrever o Amor?

Maturidade
Por vezes é complicado perceber o que Deus nos quer dizer em algumas leituras. Já te aconteceu perceberes só mais tarde o que Ele queria dizer-te?

Oração/Reflexão

Eu por ti,
acertaria o meu passo ao teu caminhar.
Eu por ti,
o teu problema arcaria sobre mim
e abraçaria o horizonte
que trazes dentro do teu olhar.

Eu por ti,
Buscar-te-ia no mar da tua solidão.
Eu por ti,
te encontraria no grito dos teus porquês,
não pensando às minhas decisões
e aos meus critérios se falas tu...

Eu por ti, palpitaria pelos teus desejos.
Eu por ti, daria voz às tuas mil razões.
Eu por ti, eu por ti,
perder-me-ia no teu pranto,
cantaria o teu próprio canto,
que esta força em mim,
deixaria a ti primeiro
colher a flor do meu jardim.


Eu por ti,
faria ecoar no meu peito a voz da tua dor.
Eu por ti,
suportaria a tua fragilidade
e ancorar-te-ia à minha mão
se fosses arrastado na maré...

Eu por ti,
faria minha a angústia que vive em ti.
Eu por ti,
entregaria os meus trunfos à tua mão;
e por ti sentiria a saudade
pelo fragor da terra que deixaste...

Eu por ti, palpitaria pelos teus desejos.
Eu por ti, daria voz às tuas mil razões.
Eu por ti, eu por ti,
seria o eco do teu canto,
na apatia e na alegria,
que esta força em mim,
deixaria a ti primeiro
colher a flor do meu jardim.

Desafio

Jesus revela-se muitas vezes através dos outros. Que cada gesto que faças hoje seja oferecido a Ele. Que cada coisa fácil ou difícil seja feita por Amor. Que em cada gesto digas: "Por Ti Jesus! Faço isto por Ti"!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

5º Dia: Como Paulo compara o nosso corpo com a vida da comunidade

Pois, como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo. De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. Se o pé dissesse: «Uma vez que não sou mão, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo. E se o ouvido dissesse: «Uma vez que não sou olho, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Deus, porém, dispôs os membros no corpo, cada um conforme lhe pareceu melhor. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Há, pois, muitos membros, mas um só corpo.
Não pode o olho dizer à mão: «Não tenho necessidade de ti», nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: «Não tenho necessidade de vós.» Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo, tanto mais são necessários, e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro; os que são decentes, não têm necessidade disso.
Mas Deus dispôs o corpo, de modo a dar maior honra ao que dela carecia, para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros. Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria.
Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro. E aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo, profetas; em terceiro, mestres; em seguida, há o dom dos milagres, depois o das curas, o das obras de assistência, o de governo e o das diversas línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Fazem todos milagres? Possuem todos o dom das curas? Todos falam línguas? Todos as interpretam? Aspirai, porém, aos melhores dons.
Aliás, vou mostrar-vos um caminho que ultrapassa todos os outros.



(1 Cor 12, 12-31)

1. Tu és importante no Grupo de jovens. O que aconteceria se já não quisesses fazer parte deste "Corpo"?
2. Na tua equipa do Grupo (Pés, Mãos, Cabeça, Coração, Fontes de Fé, Coro), qual achas que é a tua função?
3. Na nossa Família também somos muito importantes. De que forma te fazes presente na tua Família?

Desafio

Já falaste com alguém do Grupo hoje? Que tal ligares a alguém que já não falas há muito tempo para porem a conversa em dia?

Oração

Faz um pequeno exame de consciência sobre as tuas atitudes.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

4º Dia: Livres no amor

"Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros. É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: Ama o teu próximo como a ti mesmo.
Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais consumidos uns pelos outros. Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis."

(Gal 5,13-17)

“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” uma frase de oito palavras mas tão intensa e tão difícil cumprir. Pensa em coisas do teu dia que te pese na consciência. Imagina agora estes teus actos mas agora aplicados contra ti. É tão fácil perceber este mandamento, mas tão difícil cumpri-lo.

1. As vezes na vida, nas nossas relações inter-pessoais parece que nos “mordemos e devoramo-nos” uns aos outros por ciúme ou egoísmo. Por uma melhor nota na escola, uma promoção no emprego…deixar para trás o outro e esquece-lo, para total proveito nosso. Pensa em momentos da tua vida em que já viveste ou presenciaste uma situação destas.

Desafio

Deus fez-nos livres. É neste liberdade que Deus nos pede uma escolha. Segui-lo ou viver sem a sua presença? Amanhã ao longo do teu dia, saboreia os momentos de liberdade que Deus te dá e em que sentes a sua presença confirmando que segui-lo vale mesmo a pena.

Oração

Jesus, alegria dos nossos corações, o teu Evangelho assegura-nos que o Reino de Deus está no meio de nós. Abrem-se então em nós as portas da simplicidade e da inocência.

Pai Nosso

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

3º Dia: Como foi o regresso da primeira viagem

"Depois de terem anunciado a Boa-Nova àquela cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, Icónio e Antioquia. Fortaleciam a alma dos discípulos, encorajavam-nos a manterem-se firmes na fé, porque, diziam eles: «Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus.» Depois de lhes terem constituído anciãos em cada igreja, pela imposição das mãos, e de terem feito orações acompanhadas de jejum, recomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado. A seguir, atravessaram a Pisídia, chegaram à Panfília e, depois de anunciarem a palavra em Perga, desceram a Atália. De lá, foram de barco para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para o trabalho que agora acabavam de realizar. Assim que chegaram, reuniram a igreja e contaram tudo o que Deus fizera com eles, e como abrira aos pagãos a porta da fé. E demoraram-se bastante tempo com os discípulos."

(Actos 14, 21-28)

Evangelização
Paulo e Barnabé visitaram muitos sítios e fizeram muitas coisas... Quais os verbos do texto que nos transmitem o que eles fizeram?

Palavra
Através da Fé, Paulo deu a conhecer Jesus a muitas comunidades. Qual era a reacção delas?

Partilha
Paulo e Barnabé não guardavam para eles o que fizeram. A partilha é um dom que os cristãos devem partilhar. Costumas partilhar as experiências de evangelização que
fazes?

Grupo
Quais as semelhanças que encontras entre o que Paulo fez nesta viagem e o teu percurso no grupo de jovens?

Oração

Pai Nosso

Desafio

Durante o dia procura alguém (amigo, vizinho, familiar) e tenta falar-lhe de Deus e como Ele é importante para ti na tua vida.

domingo, 23 de novembro de 2008

2º Dia: Como Paulo iniciou a primeira viagem missionária

"Entretanto, os que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada por causa de Estêvão, adiantaram-se até à Fenícia, Chipre e Antioquia, mas não anunciavam a palavra senão aos judeus. Houve, porém, alguns deles, homens de
Chipre e Cirene que, chegando a Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a Antioquia. Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de coração firme; ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor.

Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de «cristãos».

Nesses dias, uns profetas desceram de Jerusalém a Antioquia. Um deles, chamado Agabo, ergueu-se e, sob a inspiração do Espírito, predisse que haveria uma grande fome por toda a terra. Foi a que sobreveio no reinado de Cláudio. Os discípulos, cada qual segundo as suas posses, resolveram então enviar socorros aos irmãos da Judeia, o que fizeram, mandando-os aos anciãos, por intermédio de Barnabé e de Saulo.
Estando eles a celebrar o culto em honra do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que Eu os chamei.»Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir."


(Actos 11, 19-30; 13, 2-3)

Paulo aconselhou "todos a continuarem com todo o coração". Como é a tua Entrega a Deus?

1. O que achas que é Ser Cristão?

2. A partilha de bens era algo comum nos Cristãos dos primeiros tempos. E tu, partilhas o teu tempo?

3. Ser Missionário é uma característica dos Cristãos. Costumas falar de Deus no trabalho/escola?

Desafio
Abre a bíblia ao acaso. Escolhe uma frase com os olhos fechados e tenta aplica-la ao máximo no teu dia!

Oração
Como seria que Paulo orava? Imagina algumas preces para pedires ajuda na tua Missão.

sábado, 22 de novembro de 2008

1º Dia: Como Paulo descobriu Jesus

"Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém.

Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» Respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.»

Os seus companheiros de viagem tinham-se detido, emudecidos, ouvindo a voz, mas sem verem ninguém. Saulo ergueu-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levá-lo pela mão e, assim, entrou em Damasco, onde passou três dias sem ver, sem comer nem beber.

Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor disse-lhe numa visão: Ananias!» Respondeu: «Aqui estou, Senhor.» O Senhor prosseguiu: «Levanta-te, vai à casa de Judas, na rua Direita, e pergunta por um homem chamado Saulo de Tarso, que está a orar neste momento.» Saulo, entretanto, viu numa visão um homem, de nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido muita gente falar desse homem e a contar todo o mal que ele tem feito aos teus santos, em Jerusalém. E agora está aqui com plenos poderes dos sumos sacerdotes, para prender todos quantos invocam o teu nome.» Mas o Senhor disse-lhe: «Vai, pois esse homem é instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel. Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo meu nome.» Então, Ananias partiu, entrou na dita casa, impôs as mãos sobre ele e disse: «Saulo, meu irmão, foi o Senhor que me enviou, esse Jesus que te apareceu no caminho em que vinhas, para recobrares a vista e ficares cheio do Espírito Santo.» Nesse instante, caíram-lhe dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois, levantou-se e recebeu o baptismo.

Depois de se ter alimentado, voltaram-lhe as forças e passou alguns dias com os discípulos, em Damasco. Começou, então, imediatamente, a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus."

(Actos 9, 1 - 20)

Antes da sua conversão, Paulo perseguia os cristãos. Por vezes no nosso dia-a dia vamos de encontro ao mandamento do amor que Jesus nos ensinou e agimos como Paulo, a destruir o projecto que Deus arquitectou para o nosso mundo. Pensa agora no teu dia. Nas alturas que destruíste e não construíste, nas alturas que destruístes em vez de plantares, nos momentos de paz que transformastes em momentos de guerra…

1. Já aconteceu, alguma vez na tua vida, sentir que uma luz nova te ajudou a ver a vida de outro modo?

2. Já tocou, dentro do teu coração, uma Palavra de Jesus que te deu uma paz, uma alegria nova?

Desafio

Faz o teu dia de amanhã um dia melhor. Tenta construir mais um pedacinho do projecto que Deus. Um gesto, uma palavra qualquer coisa que seja mais um tijolo na construção do seu reino.

Oração

Senhor, tu que fizeste Paulo ver a tua Luz, escutar a tua Palavra, toca o nosso coração, que ele também A escute, para vermos a tua Luz e possamos dar ao mundo de hoje, a Luz do Evangelho e a Verdade do Senhor Jesus. Pai- Nosso

sábado, 1 de novembro de 2008

Palavra de Vida de Novembro de 2008

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me» [Lc 9, 23]. (1)

Não pensemos que, por estarmos neste mundo, podemos viver ao seu sabor como um peixe na água. Não pensemos que, pelo facto de o mundo nos entrar em casa através de certos programas de rádio ou da televisão, nos seja permitido ouvir todos os programas e ver todas as transmissões que fazem. Não pensemos que, por andarmos pelas estradas do mundo, podemos olhar impunemente para todos os cartazes e comprar no quiosque ou na livraria, indiscriminadamente, qualquer tipo de publicação. Não pensemos que, por estarmos no meio do mundo, podemos imitar e assumir os modos de viver do mundo: experiências fáceis, imoralidade, aborto, divórcio, ódio, violência, roubo.

Não, não. Nós estamos no mundo. E isso é evidente.

Mas não somos do mundo (2).

E isso implica uma grande diferença. Classifica-nos entre aqueles que não se alimentam das coisas mundanas e superficiais, mas das que nos são expressas, dentro de nós, pela voz de Deus que está no coração de cada pessoa. Se a escutarmos, faz-nos penetrar num reino que não é deste mundo. Um reino onde se vive o amor verdadeiro, a justiça, a pureza, a mansidão, a pobreza. Onde vigora o domínio de si mesmo.

Porque é que muitos jovens fogem para o Oriente, para a Índia, por exemplo? É porque tentam encontrar ali um pouco de silêncio e aprender o segredo de algumas figuras importantes, grandes na espiritualidade, que, pela profunda mortificação do seu “eu” inferior, deixam transparecer um amor (…) que impressiona todos os que deles se aproximam. É a reacção natural à confusão do mundo, ao barulho que reina fora e dentro de nós, que já não dá espaço para o silêncio, para se ouvir Deus.

Coitados de nós! Mas será mesmo preciso ir à Índia, quando há dois mil anos Cristo nos disse: «nega-te a ti mesmo… nega-te a ti mesmo…»?

A vida cómoda e tranquila não é para o cristão. Se quisermos seguir Cristo, ele não pediu nem nos pede menos do que isto.

O mundo invade-nos como um rio na época das cheias, e nós temos que ir contra a corrente. O mundo para o cristão é um matagal cerrado, e é preciso ver onde se põem os pés. E onde é que devemos pôr os nossos pés? Sobre aquelas pegadas que o próprio Cristo, ao passar nesta Terra, nos deixou assinaladas: são as Suas Palavras. Hoje, Ele diz-nos de novo:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo…».

Por causa disso, talvez se venha a ser alvo de desprezo, de incompreensão, de zombarias, de calúnias. Podemos ter que nos isolar, que aceitar a desconsideração, que abandonar um cristianismo de fachadas.

Mas Jesus continua:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me».

Quer queiramos, quer não, o sofrimento amargura a nossa existência. Também a tua. E, todos os dias, chegam-nos pequenos ou grandes sofrimentos. Gostarias de te livrar deles? Revoltas-te? Dão-te vontade de te lamentares? Então, não és cristão.

O cristão ama a cruz, ama o sofrimento, mesmo entre lágrimas, porque sabe que tem valor. Não foi em vão que, entre os muitos meios de que Deus dispunha para salvar a humanidade, escolheu o sofrimento. Mas Ele – lembra-te –, depois de ter levado a cruz e de ser nela crucificado, ressuscitou.

A ressurreição é também o nosso destino (3). Se aceitarmos com amor – em vez de o desprezarmos – o sofrimento que nos vem da nossa coerência cristã e todos os outros que a vida nos traz, havemos de experimentar, então, que a cruz é o caminho, já nesta Terra, para uma alegria nunca antes experimentada. A vida da nossa alma começará a crescer. O reino de Deus em nós adquirirá consistência. E lá fora, pouco a pouco, o mundo vai desaparecendo aos nossos olhos e parecer-nos-á de cartão. E já não vamos ter inveja de ninguém.

Nessa altura já nos podemos considerar discípulos de Cristo:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me».

E, como Cristo a quem seguimos, seremos luz e amor para as chagas sem número que dilaceram a humanidade de hoje.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida, Julho de 1978. Publicada em Essere la tua Parola, Chiara Lubich e cristiani di tutto il mondo, Roma 1980, pp. 67-69; 2) cf. Jo 17, 14; 3) cf. Jo 6, 40.

domingo, 19 de outubro de 2008

Reunião de dia 17 de Outubro

Nunca vos aconteceu sair de um sítio com uma sensação que verdadeiramente fizeram a diferença?Eu senti isso na reunião de 17 de Outubro...O dia Internacional da Erradicação da Pobreza.

Mais do que divagarmos sobre a pobreza e os flagelos mundiais, reunimos as nossas mentes e corações e pusemos na prática, o que verdadeiramente importa para que possamos mudar o mundo:fé!

Eu deixei-vos a acreditar que vai nascer da nossa campanha mais uma mudança no "mundo"...E acredito ainda mais que não é preciso muito para que o possamos mudar...O velho cliché, do "não podes mudar o mundo", é uma mentira que sabe bem e nos vai enganando a vontade de fazer mais.Porque há muitos mundos e muitos lugares...e se mudarmos, nem que seja um deles, causará impacto no universo inteiro...

Eu hei-de acreditar sempre que podemos mudar o mundo inteiro...Isso muda-nos também, transforma as nossas preocupações e faz-nos aprender que só precisamos de uma coisa:Fé!!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Workshop 1 video = 1 mensagem


O desafio é simples: pegar numa mensagem - uma frase, uma ideia, um facto - e colocá-la num pequeno vídeo de pouco mais de 30 segundos!

Parece muito complicado? Mas não vai ser... Vamos ter 2 formadores que nos vão guiar pelo mundo da comunicação, técnicas de publicidade, edição de vídeo e áudio, etc.

Só falta dar asas à imaginação e à criatividade!

O workshop vai decorrer nos dias 3, 4, 10 e 11 de Novembro, na Igreja de São Pedro de Barcarena, à partir das 21:00. Todos os vídeos produzidos serão apresentados no Magusto (16 de Novembro).

Inscreve-te!

domingo, 12 de outubro de 2008

1.º encontro do Grupo de jovens 2008/2009

No dia 28 de Setembro de 2008 iniciámos mais um ano intenso do Grupo de Jovens de Barcarena!!!
Começamos o nosso encontro com um cântico "Eu te amo", onde logo de seguida o Igor e a Susana fizeram uma pequena introdução sobre o que iria ser este ano de GJB, e leu-se um texto acerca dos 4 grupos existentes são eles: (coração, pés, mãos e cabeça).

Neste dia tivemos a presença não só do Padre Ricardo como também do Carlos que irá ser ordenado no mês de Junho, no qual falou-nos um pouco da sua vida ao longo destes anos no seminário onde disse também que iria tentar estar mais vezes presente no GJ e propôs-nos algumas tarefas para o grupo.

De seguida foi distribuída uma pequena folha de papel onde todos escreveram uma qualidade que podemos dar ao grupo, onde nem o Padre e o Carlos que esteve presente neste dia não escaparam.

Quando todos escreveram a frase cada um tinha de a dizer em voz alta, e depois colocá-la numa cartolina onde no lado contrário tinha um puzzle que tínhamos feito no ano passado acerca de uma virtude nossa.
Quando acabamos tudo isto seguimos para a igreja onde fizemos uma oração, onde cada um de nós tinha um folheto que nos foi distribuído no início do grupo, no final da oração falamos dos 7 dons do Espírito Santo, são eles: sabedoria, conselho, fortaleza, entendimento, ciência, piedade temor de Deus.
FOI SEM DÚVIDA UM BOM INÍCIO DO GJB!!! =)
Texto escrito por: Ricardo Escaleira e Pedro Escaleira

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Palavra de Vida de Outubro de 2008

«Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante, será lançada no vosso regaço» [Lc 6, 38]. (1)

Nunca te aconteceu receberes uma prenda de um amigo e sentires logo o desejo de lhe retribuir? E de fazer isso não tanto para cumprir uma obrigação, mas por um sentimento verdadeiro de amor e reconhecimento? Tenho a certeza que sim.
Se isto sucede connosco, imagina como será com Deus, com Deus que é Amor.
Ele retribui sempre todas as ofertas que fazemos aos nossos próximos em Seu nome. É uma experiência que os cristãos verdadeiros fazem com muita frequência. E, de cada vez, é sempre uma surpresa. Nunca nos habituamos à imaginação de Deus. Poderia dar-te mil ou dez mil exemplos. Poderia até escrever um livro acerca disso. Verias como é verdadeira aquela imagem – «uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante, será lançada no vosso regaço» –, que representa a abundância com que Deus retribui, representa a Sua magnanimidade.

«Já era noite em Roma. No apartamento de uma cave, um pequeno grupo de raparigas, que queriam viver o Evangelho, davam as boas-noites. Nisto, toca a campainha. Quem seria àquela hora? Era um homem, em pânico, desesperado: no dia seguinte ia ser expulso de casa com a família, porque não tinha dinheiro para pagar a renda. As raparigas olharam umas para as outras e, num acordo silencioso, abriram a gavetinha onde, em envelopes separados, tinham guardado o resto dos seus salários e uma reserva para pagar o gás, o telefone e a electricidade. Deram tudo àquele homem, sem pensar duas vezes. E foram dormir, felizes. Alguém haveria de pensar nelas. Mas ainda o dia não tinha nascido, quando o telefone tocou. "Vou já para aí, de táxi", disse aquele mesmo homem. Admiradas com o meio de transporte que ia usar, as raparigas ficaram à espera. Pela expressão do visitante, qualquer coisa tinha mudado: "Ontem à noite, quando cheguei a casa, encontrei uma carta a comunicar-me uma herança que nunca pensei que fosse receber. O meu coração sugeriu-me logo que vos desse metade do dinheiro". A quantia era exactamente o dobro daquilo que elas generosamente tinham dado».

«Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante, será lançada no vosso regaço».

Já alguma vez fizeste uma experiência deste género? Se ainda não, lembra-te que a nossa oferta deve ser feita desinteressadamente, a quem quer que nos peça, sem esperar que seja retribuída.
Experimenta. Mas não o faças para ver o resultado, mas só porque amas a Deus.
Vais dizer-me: «Mas eu não tenho nada».
Não é verdade. Se quisermos, temos tesouros imensos e inesgotáveis: o nosso tempo livre, o nosso afecto, o nosso sorriso, o nosso conselho, a nossa cultura, a nossa paz, a nossa palavra para convencer aqueles que podem dar qualquer coisa a quem não tem...
Vais-me dizer ainda: «Mas eu não sei a quem dar».
Olha à tua volta: lembra-te daquele doente no hospital, daquela senhora viúva sempre sozinha, daquele teu colega tão desanimado porque perdeu o ano, daquele jovem desempregado sempre triste, do teu irmãozito que precisa da tua ajuda, daquele amigo que está na cadeia, daquele aprendiz hesitante. É neles que Cristo está à tua espera.
Assume um novo tipo de comportamento, o do cristão – totalmente impregnado de Evangelho –, que é um comportamento anti-egoísta e despreocupado. Renuncia a pôr a tua segurança nos bens da Terra e apoia-te em Deus. É assim que se irá ver a tua fé n'Ele. E em breve será confirmada, pela oferta que voltarás a receber.
E é lógico que Deus não procede assim para te enriquecer ou para nos enriquecer. Ele faz isso para que outros, muitos outros, ao ver os pequenos milagres que se realizam com o nosso dar, também façam o mesmo. Ele faz isso para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar. Para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular tudo na comunidade que nos rodeia, até que se possa dizer, como se dizia da primeira comunidade de Jerusalém: entre eles não havia nenhum pobre (2).
Vais sentir que, assim, contribuis para dar uma segurança interior à revolução social que o mundo espera.

«Dai e ser-vos-á dado».

É claro que Jesus estava a pensar, em primeiro lugar, na recompensa que vamos receber no Paraíso. Mas tudo o que acontece nesta Terra é já um prelúdio e uma garantia do Paraíso.

Chiara Lubich

1) Palavra de Vida, Junho de 1978. Publicada em Essere la tua Parola, Chiara Lubich e cristiani di tutto il mondo, Roma 1980, pp. 49-51; 2) cf. Act 4, 34.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Palavra de Vida de Setembro de 2008

"Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam" (Lc. 6, 27-28) (1)

«Amai os vossos inimigos». Realmente é forte! É uma reviravolta completa na nossa maneira de pensar e faz-nos dar um rumo totalmente diferente ao leme da nossa vida! Porque, não podemos negar: um inimigo… seja ele pequeno ou grande, todos temos. Muitas vezes está mesmo na porta ao lado, no apartamento do vizinho, ou naquela senhora tão antipática e intriguista de quem procuramos fugir sempre que ela tenta entrar connosco no elevador… Está naquele meu parente que, há trinta anos, foi injusto com o meu pai. Por isso, desde aí deixei de lhe falar e de o cumprimentar…Se calhar, está na tua turma, sentado na carteira atrás da tua. Mas nunca mais o olhaste de frente, desde que foi fazer queixa de ti ao professor… É aquela rapariga que foi tua namorada, mas que depois te abandonou para ir com outro… É aquele comerciante que te enganou… São aqueles tais que, na politica, não têm as mesmas ideias que nós e, por isso, consideramo-los nossos inimigos. E ainda há, e sempre houve, quem considere os sacerdotes seus inimigos e odeie a Igreja.Pois bem: todos estes e uma quantidade de outras pessoas a quem consideramos inimigas, devem ser amadas.Devem ser amadas? Sim, amadas! E não pensemos que já fazemos o suficiente se nos limitarmos simplesmente a mudar o sentimento de ódio para outro sentimento mais condescendente. Não podemos ficar por aí. Ouçamos o que diz Jesus:

«Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam»

Estão a ver? Jesus quer que vençamos o mal com o bem. Quer um amor traduzido em gestos concretos. É o caso de perguntar: mas como é que Jesus dá um mandamento destes? O facto é que Ele quer moldar o nosso comportamento segundo o de Deus, seu Pai, que «faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (2).É isso! Nós não estamos sozinhos no mundo: temos um Pai e devíamos ser semelhantes a Ele. Mas não é só isso. Deus tem direito a esta nossa atitude porque Ele amou-nos quando nós ainda éramos Seus inimigos, quando ainda estávamos no mal. Ele amou-nos primeiro (3), mandando-nos o Seu Filho, que morreu daquela maneira terrível por cada um de nós.

«Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam»

O pequeno Jerry, de Washington, tinha aprendido esta lição. Embora fosse negro, devido ao seu alto quociente de inteligência, tinha sido admitido numa classe especial, só para rapazes brancos. Mas a sua inteligência não conseguiu fazer compreender aos companheiros que ele era igual a eles. A sua pele negra tinha atraído o ódio geral. De tal modo que, no dia de Natal, todos os rapazes deram prendas uns aos outros, mas simplesmente ignoraram o Jerry. Ele, como criança que era, chorou por causa disso, e compreende-se! Ao chegar a casa, pensou em Jesus: "Amai os vossos inimigos" e, falando com a sua mãe, comprou muitas prendas que ofereceu com amor a todos os seus "irmãos brancos".

«Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam»

Que sofrimento naquele dia para a Elisabetta, uma menina de Florença. Ao subir os degraus, para ir à missa, notou que um grupo de crianças da sua idade se ria dela! Embora tivesse vontade de reagir, ela sorriu, e, entrando na igreja, rezou muito por eles. À saída, fizeram-na parar e perguntaram-lhe qual o motivo do seu comportamento. Ela explicou que era cristã, por isso devia amar sempre. E disse-o com uma convicção ardente. O seu testemunho foi premiado: no domingo seguinte, viu todos aqueles jovens na igreja, muito atentos, na primeira fila. É desta forma que os jovens tomam a sério a Palavra de Deus. Por isso são grandes diante de Jesus.Talvez convenha que também nós restabeleçamos a amizade nalguma situação duvidosa, tanto mais que vamos ser julgados segundo o modo com que julgarmos os outros. É que, de facto, somos nós que damos a Deus a medida com que nos deve medir (4). E não é verdade que lhe pedimos: «Perdoa-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos aos que nos ofenderam» (5)?Amemos, pois, os inimigos! Só agindo desse modo é que se pode acabar com as faltas de unidade, abater as barreiras, construir a comunidade.É duro? É difícil? Perdemos o sono só de pensar nisso? Coragem! Não é o fim do mundo: basta um pequeno esforço da nossa parte e Deus faz o resto, e… no nosso coração vamos sentir uma alegria enorme.

Chiara Lubich



1) Palavra de Vida, Maio de 1978. Publicada em Essere la tua Parola, Chiara Lubich e cristiani di tutto il mondo, Roma 1980, pp. 27-29; 2) cf. Mt 5, 45; 3) cf. 1 Jo 4, 19; 4) cf. Mt 7, 2; 5) Mt 6, 12.

domingo, 17 de agosto de 2008

Projecto "Água para Abamkwam"

Introdução
No passado dia 14 de Agosto de 2008, recebemos um email do Fernando com o pedido de ajuda urgente.


Olá,


Já estou no Ghana e está tudo a correr bem. Até o tempo ajuda, pois esta na época fresca e com alguma chuva. Vi já alguns projectos que se realizaram e também estive na aldeia "Abamkwam" aonde passarei algum tempo.



Tive uma reunião com o "Chief" e toda a sua comitiva. Foi muito interessante ver como eles tem presente que o mais importante é desenvolver a escola e a
educação dos seus filhos. No final da reunião o "Chief" disse: "You are a man of God". Surpreendeu-me esta afirmação e ao mesmo tempo deu-me um grande sentido de responsabilidade diante desse povo e diante de Deus.



Nessa aldeia encontrei uma serie de situações muito difíceis que me estão a levar a antecipar a minha permanência em Abamkwam, doenças muito estranhas nas crianças e nunca foram a um hospital, mas sobretudo foi a situação da água que mais me chamou a atenção. Nas fotos em anexo, verás o lago onde as pessoas vão buscar a água para beber. Dá arrepios, também porque eu terei de beber desta
água... durante o tempo em que lá estiver. Ora tudo isto por que já há algum tempo que se estragou o mecanismo da bomba de agua do único poço que existe na aldeia e que também mando uma foto do "Chief" comigo junto da referida bomba de agua inutilizada.

Ora com toda esta explicação, eu queria fazer-lhes uma proposta. Sei bem que esta é uma época difícil pelas férias, mas tudo pode ser possível. Eu estive na cidade mais próxima para saber quanto poderia custar o mecanismo para recuperar essa preciosa bomba desse precioso bem da Humanidade que é a agua e tudo andaria pelos 350 a 370 euros. Nessa aldeia não existe o conceito do dinheiro. Estamos a ver como fazer para poder juntar algum dinheiro, vendendo alguns produtos naturais na cidade mais vizinha,mas isso seria demasiado longo para o problema que há que resolver.

Pensas que o grupo de jovens poderia aceitar este desafio com a urgência que pode merecer este assunto, tendo em conta que toda esta população se está alimentar desta agua com todas as consequências que isto comporta? (...) Miguel, perdoa "a situação" e aguardo notícias com uma certa ansiedade, como podes imaginar. (...)

Contem sempre comigo e com a minha oração e empenho,

Fernando


Em virtude das circunstâncias que envolvem o problema, decidimos agir de imediato.

Duração
O projecto deverá estar concluído até 6.ª feira, dia 22 de Agosto.

Objectivo
  • Angariar 370,00€ para serem enviados para o Fernando no Gana para suportar os custos de reparação da bomba de água que abastece Abamkwam.


  • Enviar esse valor para o Gana até sexta-feira através da Western Union.

Desafio
A proposta que fazemos é a seguinte:


  • Cada membro do Grupo de Jovens contribuirá com um donativo;

  • Cada família de um membro do Grupo de Jovens será convidada a participar também com um donativo; para tal, os membros do Grupo de Jovens deverão explicar para que se trata este donativo à sua família.
Recolha de donativos
A recolha de donativos será efectuada pelas seguintes pessoas:


  • Ricardo Escaleira e Carina Castro em Queluz de Baixo;

  • Miguel Figueiredo, Andreia Figueiredo, Andreia Nogueira e Susana Cardoso nas restantes localidades;

O dinheiro poderá ser entregue em mão a estas pessoas. Estas pessoas, também assumiram a tarefa de avisar todo o Grupo visto que muita gente está de férias e precisa de ser avisado! Quem estiver por cá e puder colaborar, por favor contacte estas pessoas para ajudar na divulgação. Todos são convidados a contribuir de acordo com a suas possibilidades.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Palavra de Vida de Agosto de 2008

«A lâmpada do teu corpo são os teus olhos. Se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo estará iluminado» (Lc 11, 34).

Quantos próximos encontramos ao longo do dia, desde a manhã até à noite! Em todos eles devemos ver Jesus. Se o nosso olhar for simples, é como o olhar de Deus. E Deus é Amor e o amor quer unir, conquistando.

Há muitas pessoas que, erradamente, olham para as criaturas e para as coisas com a intenção de as possuir. E o seu olhar é egoísmo ou inveja ou, de qualquer forma, pecado. Ou olham para dentro de si próprias para se possuírem, para possuírem a sua alma, e o olhar delas é mortiço porque aborrecido ou perturbado.

A alma, porque é imagem de Deus, é amor e o amor voltado para si mesmo é como uma chama que, se não for alimentada, se apaga.

Olhemos para fora de nós: não olhemos para nós, nem para as coisas, nem para as criaturas. Olhemos para Deus, fora de nós, para nos unirmos a Ele.

Deus está no fundo de cada pessoa que ama e, se não amar, é um tabernáculo de Deus, vazio, à espera que Ele dê alegria e expressão à sua existência.

Olhemos, portanto, para cada irmão amando e amar é dar. E, em quem recebe, pode nascer o desejo de dar e seremos também amados.

Deste modo, o amor é amar e ser amado: como na Santíssima Trindade.

Deus em nós arrebatará os corações, acendendo neles a Santíssima Trindade que já ali repousa, pela graça, mas que está apagada.

Não se consegue acender a luz num ambiente – mesmo que lá exista a corrente eléctrica – enquanto não se puserem os dois pólos em contacto.

Também a vida de Deus em nós é assim. Deve ser posta a circular para poder irradiar para fora e testemunhar Cristo: o Uno que liga o Céu à Terra, irmão a irmão.

Olhemos, portanto, para cada irmão dando-nos, para nos darmos a Jesus. E Jesus há--de dar-se a nós. É a lei do amor: «Dai e ser-vos-á dado» (Lc 6, 38).

Temos que nos dar aos irmãos – por amor a Jesus –, tornarmo-nos “alimento” deles, como outra Eucaristia. Pormo-nos totalmente ao serviço deles, que é estar ao serviço de Deus. E os irmãos retribuir-nos-ão esse amor. E, no amor fraterno, está o cumprimento de todos os desejos de Deus, que estão no mandamento: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros» (Jo 13, 34).

O amor é um Fogo que une os corações em fusão perfeita.

Então, encontraremos em nós já não nós próprios, já não os irmãos. Vamos encontrar o Amor, que é Deus, vivo em nós.

E o Amor em nós leva-nos a amar outros irmãos porque, estando os olhos sãos, reencontrar-Se-á neles e todos serão uma coisa só.

À nossa volta crescerá a Comunidade, como à volta de Jesus: doze, setenta e dois, milhares...

É o Evangelho que, ao fascinar – porque é Luz no amor –, arrebata e atrai.

Depois, talvez acabemos por morrer numa cruz, para não sermos mais do que o Mestre. Mas morreremos por quem nos crucificar, e assim o amor terá a última vitória.

Mas a sua linfa – derramada nos corações – não morrerá.

Fecundando, dará frutos de alegria, paz e Paraíso aberto.

E a glória de Deus crescerá.

Mas, nós, sejamos na Terra o Amor perfeito!

Chiara Lubich



Publicada no jornal “La Via”, 12 de Novembro de 1949, e retomada, em parte, em: Chiara Lubich, La dottrina spirituale, Roma 2006, pp. 134-135.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Acampamento de fim-de-semana (Férias 2008)!

Introdução
Este é o post onde vamos concentrar toda a informação sobre o acampamento de fim-de-semana das férias de 2008!

Participantes
  1. Andreia Figueiredo;
  2. Carina Castro;
  3. Francisco Figueiredo*;
  4. Lígia Mendes;
  5. Miguel Figueiredo*;
  6. Paulo Costa;
  7. Rafael
* - levam carro

Programa
Sexta-feira
19:00 - Hora prevista de saída


Ver mapa maior

20:45 - Hora prevista de chegada; Check-in; Montagem das tendas; Jantar; Tempo livre.

Sábado
09:00 - Pequeno Almoço;
10:00 - Praia;
13:00 - Almoço;
14:00 - Ida ao Badoca Park;

View Larger Map
19:00 - Regresso do Badoca Park ;
20:00 - Jantar
21:00 - Tempo livre


Domingo
09:00 - Pequeno-almoço; Desmontar das tendas; Praia (se ainda for viável);
11:30 - Ida para Melides e Ensaio;
12:00 - Eucaristia (animada por nós! CONFIRMADO)
13:00 - Almoço em Melides
14:45 - Praia - Aberta Nova
18:15 - Regresso a casa
20:00 - Previsão do regresso a casa

Equipamento
  • Andreia Fig.+ Miguel Fig.- Sal; azeite; chapéu de sol; tenda; Camping Gaz
  • Lígia- Detergente; esponja; chapéu de sol; tenda
  • Paulo- alguidar
  • Rafael- tacho; colher de pau; faca; chapéu de sol
  • Carina- Cordel; molas; sacos do lixo
  • Francisco: tenda (?)
Não se esqueçam de levar também:
  • Papel higiénico
  • Saco-cama
  • Colchão
  • Protector solar
  • Lanterna
  • Chapéu
Custos
25€ por pessoa
O fundo de maneio do GJB irá comparticipar algumas das despesas.

Acampamento. Distribuição de tarefas.

Olá!
Aqui vão mais umas coisinhas, para não nos esquecermos de nada:)

Andreia Fig.+ Miguel Fig.- Sal; azeite; chapéu de sol; tenda
Lígia- Detergente; esponja; chapéu de sol; tenda
Paulo- alguidar
Rafael- tacho; colher de pau; faca; chapéu de sol
Carina- Cordel; molas; sacos do lixo
Francisco: tenda (?)

Não se esqueçam de levar também:
  • Papel higiénico
  • Saco-cama
  • Colchão
  • Protector solar

Por agora está tudo.

Beijinhos

Até amanhã!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Websites de Grupos de Jovens

A ideia desta página é muito simples: ser um directório de websites de Grupos de Jovens tal como nós. É para ir preenchendo aos poucos...



Diocese de Lisboa
Vigararia II
Vigararia III

Vigararia VI

Vigararia VII

sábado, 5 de julho de 2008

XI Peddy Paper da AJP





No passado dia 5 de Julho realizou-se um Peddy Paper em Sintra organizado pela Associação Juvenil Ponte.
O dia estava fantástico e o percurso iniciou-se às 9h na Casa Mantero, na Biblioteca Municipal de Sintra.
Formamos ai a nossa equipa, sendo constituida pela a Andreia Nog., a Vera, o Tiago, o irmão do Tiago, outra Andreia, o Pedro Esc. e o Igor. Como podem reparar eramos uma equipa muito forte!


Ao todo neste Peddy participaram 27 equipas, sendo estas não só formadas por pessoas pertencentes à Associação Ponte e aos demais grupos de jovens conhecedores desta associação, mas também, à comunidade envolvente.
Percorrendo desde as ruas de Sintra, aos caminhos mais complicados, por entre árvores e pedras, passando por Santa Eufémia, palácio da Pena e actividades de rappel, ao mesmo tempo que se ia respondendo às perguntas que nos iam colocando em cada posto, o peddy permitiu-nos conhecer lugares por onde nunca tinhamos passado, bem como, realizar actividades nunca antes realizadas...

Foi realmente um verdadeiro desafio!

No final do dia, apesar de já estarmos a "morrer" de cansaço, tivemos uma grande surpresa. A nossa grande equipa fica em 4º lugar!
Realmente, quando estamos todos unidos, quando trabalhamos todos em conjunto, conseguimos mesmo vencer barreiras...

Obrigada, por este grande dia!

Sem dúvida que iremos lá estar para o ano!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Palavra de Vida de Julho de 2008

“Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas”. (Mt 7,12)

Você já sentiu alguma vez uma sede de infinito? Já sentiu alguma vez em seu coração o desejo ardente de abraçar a imensidão? Ou, então: já percebeu alguma vez em seu íntimo a insatisfação por aquilo que faz, pelo que você é?Se assim for, ficará feliz por encontrar uma fórmula que lhe dê a plenitude com que tanto você sonha: algo que não deixe remorsos pelos dias que se vão semivazios...Há uma frase no Evangelho que faz pensar e que, se entendida nem que seja um pouco, faz vibrar de alegria. Nela está condensado o que devemos fazer na vida. Ela resume cada lei que Deus imprimiu no fundo do coração de cada homem. Ouça esta frase:

“Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas.”

Ela se chama “regra de ouro”.Foi Cristo quem a trouxe, mas já era universalmente conhecida. O Antigo Testamento a trazia. Séneca a conhecia, e o chinês Confúcio, no Oriente, a repetia. E outros ainda. Isso mostra o quanto ela importa a Deus: ele quer que todos os homens façam dela a norma de suas vidas.É linda de ler e ecoa como um slogan.Ouça-a novamente:

“Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas.”

Amemos assim cada próximo que encontramos no correr do dia.Imaginemos estar na sua situação e tratemo-lo como gostaríamos de ser tratados em seu lugar.A voz de Deus que mora dentro de nós haverá de nos sugerir a expressão de amor adequada a cada circunstância.Ele está com fome? Estou com fome eu – pensemos. E demos a ele de comer.Sofre injustiça? Sou eu que a sofro!Está nas trevas e na dúvida? Sou eu que estou. E lhe digamos palavras de conforto, e dividamos com ele suas angústias, e não sosseguemos enquanto ele não se sentir iluminado e aliviado. Nós quereríamos ser tratados assim.É alguém com deficiência física? Quero amá-lo até quase sentir em meu corpo e em meu coração a sua deficiência, e o amor haverá de me sugerir o recurso certo para fazer que se sinta igual aos outros, aliás, com uma graça a mais, pois nós cristãos sabemos o valor do sofrimento.E assim com todos, sem discriminação alguma entre simpático e antipático, entre jovem e ancião, entre amigo e inimigo, entre compatriota e estrangeiro, entre bonito e feio... O Evangelho quer realmente dizer todos.Tenho a impressão de ouvir um murmúrio geral...Compreendo... Talvez essas minhas palavras pareçam simples, mas quanta mudança elas exigem! Quão longe estão do nosso modo costumeiro de pensar e de agir!Mas, coragem! Tentemos.Um dia passado assim vale uma vida. E, à noite, não nos reconheceremos mais a nós mesmos. Uma alegria jamais sentida nos invadirá. Uma força se apoderará de nós. Deus estará connosco, porque está com aqueles que amam.Os dias se seguirão plenos.Às vezes, pode ser que reduzamos a marcha, que sejamos tentados a desanimar, a largar tudo. E queiramos voltar à vida de antes…Mas não! Coragem! Deus nos dá a graça.Recomecemos sempre.Perseverando, veremos lentamente o mundo mudar à nossa volta.Entenderemos que o Evangelho é portador da vida mais fascinante, acende a luz no mundo, dá sabor à nossa existência, tem em si o princípio da resolução de todos os problemas. E não teremos paz enquanto não comunicarmos a nossa extraordinária experiência a outros: aos amigos que nos podem entender, aos parentes, a quem quer que nos sintamos impelidos a transmiti-la.A esperança renascerá.

“Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas.”

Chiara Lubich

domingo, 1 de junho de 2008

5 Noites de Formação Cristã

Existiria melhor maneira de nos preparamos para uma festa cristã do que 5 noites de formação cristã? Penso que não. Os temas propostos para reflexão pelo Padre Ricardo foram geniais. Porque?
Porque tocaram a vida de todos nós, porque nos apresentam situações concretas que todos experimentamos…porque, acima de tudo, são lições sábias para viver.

Quem nunca passou por momentos difíceis na vida?
Jesus Cristo deu-nos a possibilidade, com a graça necessária (pois não o faríamos sem Ele!), de podermos conquistar a atitude de viver o sofrimento com sentido. Quando Jesus grita de dor na agonia e na cruz, não oferece nenhuma explicação nem toma nenhuma atitude de herói de aguentar. Está numa atitude de luta, de ultrapassar o sofrimento injusto que lhe é imposto, mas que nos inicia num caminho de transformação, num caminho de morte e ressurreição.
Todos sofremos: uns revoltados ou desesperados, outros, confiantes, crescem.
A questão não é sofrer ou não sofrer, mas como se sofre. E como se está com quem sofre.
Por isso, não são bem-aventurados os que sofrem, automaticamente. São bem-aventurados os que sofrem por uma causa que valha a pena! Bem-aventurados os que sofrem, no sentido de bem-aventurados aqueles que se arriscam a entrar no mistério do amor de Deus e que percebem que a sua maneira de enfrentar o sofrimento deverá ser como Jesus.
Ele é solidário connosco, sofre connosco, mas também nos liberta. Não nos deixam instalar neste mundo nem cair na tentação de querer fazer o céu aqui.
E que bom que temos os outros para nos ajudar a viver esta experiência de Amor.
Somos Pedras no Rio Selvagem que vão chocando umas com as outras pela força da água e que se vão moldando, limando as arestas. 
Temos o dever enquanto cristãos de ser pacientes uns para com os outros.

E quem nunca se questionou sobre esse ser que é o Diabo? 
O Diabo, pelo menos, tal como as pessoas o imaginam, não existe. “Diabo”, “demónio”, “satanás” significam a possibilidade real de todos os seres livres desfocarem o Deus de Jesus Cristo, e inventarem uma outra felicidade como deus deles.
A ideia Satanás será, então, apenas um meio de o homem escapar à sua culpabilidade. Realmente nós somos mesmo bons a inventar desculpas…
Temos de assumir as nossas responsabilidades, não empurrá-las para outro(s) e renunciar a Satanás, isso é, à felicidade inventada por nós, para poder acolher a felicidade de Jesus Cristo.
E por fim, a nossa Igreja cheia de Sabedoria, onde partilhamos, no nosso grupo, a mesma direcção, ganhando sentido de comunidade que pode chegar mais rápido e mais facilmente ao destino, porque quando nos ajudamos uns aos outros os resultados são melhores.
Compartilhar a liderança, respeitar-nos mutuamente durante todo o percurso; dividir os problemas e os trabalhos mais difíceis; reunir habilidades e capacidades; combinar dons, talentos e recursos. 
Estar unidos, uns ao lado dos outros, apesar das diferenças. Nos momentos difíceis, nas horas de árduo trabalho, e também nos tempos de lazer e repouso.   
Se nos mantivermos uns ao lado dos outros, apoiando-nos mutuamente, se tornarmos realidade o espírito de equipas, se apesar das divergências, pudermos formar um grupo unido para enfrentar todo o tipo de situações, se entendermos o verdadeiro valor da amizade, se tivermos consciência do sentimento de partilha, a vida será mais simples.   Que bom que era se todos vivêssemos assim!

Vera

Palavra de Vida de Junho de 2008

«Aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele». (1 Jo 3, 24)

Quando gostamos muito de alguém, o nosso maior desejo é estar sempre com essa pessoa amada. Este é também o desejo de Deus, que é Amor. Ele criou-nos para que O pudéssemos encontrar. E a nossa alegria nunca será completa enquanto não chegarmos a uma união íntima com Ele, que é o único que pode saciar o nosso coração. Ele desceu do Céu para estar connosco e para nos introduzir na comunhão com Ele.

São João, na sua Carta, fala de "permanecer" um no outro: Deus em nós e nós n'Ele. Recorda esta exigência profunda, que Jesus manifestou na Última Ceia. «Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós», tinha dito o Mestre, explicando, com a alegoria da videira e dos ramos, como é forte e vital o vínculo que nos une a Ele (1).

Mas como alcançar a união com Deus?

São João não tem hesitações: basta "guardar os Seus mandamentos":

«Aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele».


Mas, serão muitos os mandamentos que é preciso "guardar" para chegar a esta unidade?

Não, a partir do momento em que Jesus os resumiu a todos num único mandamento. «Este é o Seu mandamento – recorda São João, imediatamente antes de enunciar a nossa Palavra de Vida, aquela que escolhemos para este mês –: que acreditemos no Nome de Seu Filho, Jesus Cristo, e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos deu» (2).

Acreditar em Jesus e amarmo-nos como Ele nos amou: é este o único mandamento.

Se a existência humana só encontra a sua realização se Deus permanecer entre nós, então só há um modo para sermos plenamente nós mesmos: amar! São João está de tal modo convencido disso que o repete muitas vezes ao longo de toda a Carta: «Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele» (3); «Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós…» (4).

Conta a tradição, a este respeito, que quando São João, já velhinho, era interrogado sobre os ensinamentos do Senhor, repetia sempre as palavras do Mandamento Novo. Se lhe perguntavam porque é que não falava de outra coisa, respondia: «Porque é esse o mandamento do Senhor! Se o praticarmos, já não precisamos de mais nada».

Assim acontece com cada Palavra de Vida: leva-nos infalivelmente a amar. Não pode ser de outro modo, porque Deus é Amor e cada Palavra Sua contém o Amor, exprime-o. E, se for vivida, transforma tudo em Amor.

«Aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele».


A Palavra deste mês convida-nos a acreditar em Jesus, a aderir com todo o nosso ser à Sua Pessoa e ao Seu ensinamento. A acreditar que Ele é o amor de Deus – como nos ensina ainda São João nesta Carta – e que, por amor, deu a vida por nós (5). A acreditar até quando nos parecer que Ele está longe, quando não O sentirmos, quando surgirem dificuldades ou sofrimentos...

Fortalecidos com esta fé, saberemos viver segundo o Seu exemplo e, obedecendo ao Seu mandamento, saberemos amarmo-nos como Ele nos amou. Amar até quando o outro já não nos parece amável, ou quando temos a impressão de que o nosso amor é inadequado, inútil, não correspondido. Fazendo assim reavivaremos os relacionamentos entre nós, de um modo cada vez mais sincero, cada vez mais profundo, e a nossa unidade atrairá a permanência de Deus entre nós.

«Aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele».

«Estávamos enamorados, o meu marido e eu, e era muito fácil o relacionamento entre nós nos primeiros anos de casamento. Mas, neste último período, ele anda muito cansado e stressado. No Japão, o trabalho pesa mais do que um rochedo, sobre as costas de uma pessoa.

Uma noite, depois de voltar do trabalho, ele sentou-se à mesa para jantar. Fiz menção de me sentar ao lado dele, mas, aos gritos, ele mandou-me embora: "Não tens o direito de comer, porque não trabalhas!". Passei a noite a chorar, pensando em ir-me embora de casa, em me separar. No dia seguinte mil e um pensamentos continuavam a atormentar--me: "Errei em ter casado com ele, já não consigo viver com ele".

À tarde falei disto às amigas com quem partilho a minha vida cristã. Ouviram-me com amor e, através da comunhão com elas, reencontrei a força e a coragem necessárias para continuar em frente. Consegui ir preparar o jantar para o meu marido. À medida que se aproximava a hora do seu regresso, aumentava o meu receio: como é que ele vai reagir hoje? Mas uma voz, dentro de mim, parecia dizer-me: "Aceita este sofrimento, não desistas. Continua a amar". E eis que ele bateu à porta. Trouxe um bolo para mim. "Desculpa-me – disse-me – por aquilo que aconteceu ontem"».

Chiara Lubich



1) Cf. Jo 15, 1-5; 2) 1 Jo 3, 23; 3) ibid. 4, 16; 4) ibid. 4, 12; 5) cf. ibid. 3, 16.

sábado, 3 de maio de 2008

Palavra de Vida de Maio de 2008

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade” (2Cor 3,17b)

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas aos cristãos da cidade de Corinto, na Grécia. Nutria por eles uma estima particular. Ele tinha vivido no meio deles por quase dois anos, entre 50 e 52 dC. Tinha semeado ali a Palavra de Deus, lançando as bases da comunidade cristã, até o ponto de gerá-la como um pai (cf. 1Cor 3,6.10; 4,15). Poucos anos mais tarde, quando ele voltou para visitá-los, algumas pessoas contestaram publicamente a sua autoridade de apóstolo (cf. 2Cor 2,5-11; 7,12). Foi essa a ocasião para reafirmar a grandeza do seu ministério. Ele anunciava o evangelho não por iniciativa própria, mas impelido por Deus. Para ele, a Palavra de Deus não se escondia mais por trás de nenhum véu, porque o Espírito Santo lhe concedeu que ele a entendesse à luz do que tinha acontecido na pessoa de Cristo Jesus. Por isso ele pôde vivê-la e anunciá-la com plena liberdade. A palavra permitia-lhe entrar em comunhão com o Senhor, ser transformado nele, até ser guiado pelo próprio Espírito de liberdade.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

Jesus Ressuscitado, o Senhor, ainda hoje continua agindo na história, como nos tempos de Paulo, e o faz de modo especial na comunidade cristã, através de seu Espírito. Ele também nos permite compreender o evangelho em toda a sua novidade e o inscreve em nossos corações, de modo que seja a nossa lei de vida. Não somos guiados por leis impostas de fora; não somos escravos sujeitos a determinações que não nos convencem e que não aceitamos. O cristão é movido por um princípio de vida interior, que o Espírito Santo lhe conferiu com o batismo. É movido pela sua voz, que repete as palavras de Jesus e faz com que as compreenda em toda a sua beleza, expressão de vida e de alegria. O Espírito as atualiza, ensina como vivê-las e ao mesmo tempo dá a força para colocá-las em prática. É o próprio Senhor que, graças ao Espírito Santo, vem viver e agir em nós, transformando-nos em evangelho vivo. Ser guiado pelo Senhor, pelo seu Espírito, pela sua Palavra: é essa a verdadeira liberdade que coincide com a mais profunda realização do nosso eu.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

Mas, para que o Espírito Santo possa agir, sabemos que é necessária a plena disponibilidade para escutá-lo, com a disposição de mudar a nossa mentalidade, se preciso for, e depois aderir plenamente à sua voz. É fácil deixar-se escravizar pelas pressões que os costumes e a opinião pública exercem sobre nós e que podem nos induzir a escolhas erradas. Para viver a Palavra de Vida deste mês é necessário aprender a dar um não decidido a todo o negativo que brota do nosso coração cada vez que somos tentados a nos adequar a modos de agir que não estão de acordo com o evangelho; é preciso aprender a dar um sim convicto a Deus cada vez que sentimos o seu chamado a viver na verdade e no amor. Assim descobriremos que a relação existente entre a cruz e o Espírito é de causa e efeito. Cada corte, cada poda, cada não ao nosso egoísmo é uma fonte de luz nova, de paz, de alegria, de amor, de liberdade interior, de realização de si. É uma porta aberta ao Espírito Santo. Neste tempo de Pentecostes, ele poderá nos dar com mais abundância os seus dons, poderá guiar-nos. E seremos reconhecidos como verdadeiros filhos de Deus. Ficaremos cada vez mais livres do mal, cada vez mais livres para amar.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”

É essa a liberdade que um funcionário das Nações Unidas encontrou durante a sua última tarefa em um dos países balcânicos. As missões que lhe eram confiadas representavam um trabalho gratificante, embora extremamente duro. Uma das suas grandes dificuldades era ficar distante da família por períodos tão longos. Mesmo quando voltava para casa era difícil deixar fora da porta a carga de trabalho que o envolvia, para dedicar-se com ânimo desimpedido às crianças e à esposa. De repente aconteceu uma nova transferência para outra cidade, sempre na mesma região; e ele não podia nem pensar em levar consigo a família, porque, apesar dos acordos de paz recém-assinados, as hostilidades continuavam. O que fazer? O que vale mais, a carreira ou a família? Discutiu longamente a questão com a esposa, que há tempo compartilhava com ele uma intensa vida cristã. Os dois pediram que o Espírito Santo os iluminasse e procuraram entender qual seria a vontade de Deus para toda a família. Enfim, tomaram a decisão: deixar aquele trabalho tão cobiçado. Decisão realmente incomum nesse ambiente profissional. “A força para fazer essa escolha – conta ele – foi fruto do amor mútuo com a minha esposa: ela nunca me fez pesar as privações que eu lhe causava; e eu, de minha parte, procurei o bem da família, para além da segurança econômica e da carreira. E encontrei a liberdade interior”.

Chiara Lubich

domingo, 13 de abril de 2008

VI Jornada Diocesana da Juventude


Aceita o desafio de no próximo dia 13 de Abril congregarmos os jovens de toda a diocese de Lisboa, para, em Igreja, redescobrirmos Cristo ressuscitado.

Este encontro que terá início pelas 9h30, na Praça do Município do Bombarral e terminará com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Senhor Patriarca de Lisboa, pelas 17h.

A cor da nossa vigararia (VII) é o laranja!

Mais informações neste link.

VI jornada diocesana da Juventude – Bombarral

No passado dia 13 de Abril, aconteceu no Bombarral a VI jornada Diocesana da Juventude.O dia começou cedo, por volta das 8h encontrámo-nos em Tercena e às 8h:30min partimos cerca de 31 jovens da paróquia de Barcarena (grupo de jovens e escuteiros e guias de Tercena) em direcção ao Bombarral.Quando chegamos ao Bombarral, fomos fazer o check-in, e logo de seguida pescámos alguns peixes, onde estavam escritos os números do grupo onde iríamos ficar, havia vários como a Humildade, Alegria, paz…Mesmo com um pouco de chuva, vieram vários jovens de todos os lados e houve sempre muita alegria, animação e convívio entre todos pelo mesmo ideal.
Depois disto tudo fomos assistir à abertura da jornada diocesana da juventude, onde vimos uma apresentação, em puzzle com várias imagens e sempre com a palavra “Adoro-te” nesse puzzle, e onde se fez uma pequena oração.Depois da abertura cada um seguiu o seu “folow-me”(o seu grupo) e fomos participar em algumas actividades: Jogos, visualização de um filme, workshops, e uma pequena história sobre o oleiro, até a hora do almoço. No nosso grupo de jovens tínhamos representantes em quase todos os grupos, o que foi interessante para alargarmos os nossos horizontes.

A seguir ao almoço houve tempo para mais um pouco de convívio, há quem tenha ido participar com o rancho de Ribamar, onde víamos vários jovens a rodar, pular, ao som da música tradicional, e obviamente que nós também lá estávamos.

Depois deste dia em cheio, fomos para dentro do pavilhão, ouvir e cantar algumas músicas, onde criámos uma união de lenços entre as vigarias, símbolo da união e força que se viveu durante este dia…A seguir, fomos ouvir o nosso Cardeal Patriarca D. José Policarpo durante uma sessão de esclarecimento e perguntas, onde falou do papel dos jovens da Igreja e a importância do “ser testemunha”. O nosso Patriarca disse mesmo que: “somos todos simpáticos e bem disposto mas queremos mais do que isso de vós.” E acho que esta frase chamou a atenção a muita gente.Para finalizar a Jornada Diocesana da Juventude, acabou com a Santa Missa, presidida pelo Cardeal Patriarca.

Foi um dia em cheio com muita Alegria, onde deu para se trocar ideias e conhecimentos, e espera-se que para o ano estejamos lá outra vez =) e sempre com esta alegria que há em todos nós.


Algumas opiniões de quem foi a esta jornada diocesana da Juventude:
Chico – Gostei de ver vários jovens reunidos, e ver o que várias paroquias fazem.
Bruno – Gostou do acolhimento do grupo de jovens em relação às Guias e Escuteiros da Europa.
Inês D. – Gostou dos workshops do teatro.Ana D. – Gostou do Burro, do convívio, gostou de estar com os CNE´S (muito simpáticos).
Lígia – Como perdi muito do encontro, esperava mais (pois só estive na parte da tarde).
Vera – Só fui da parte da tarde, foi difícil mas gostei de ouvir o Patriarca, é uma graça poder ouvir o Patriarca.
Ricardo E. – Gostei do convívio que houve, dos workshops, houve interacção entre os grupos e ouvir o Patriarca e saber qual o nosso papel no meio disto tudo.
Rita – Gostei do Almoço, do convívio e da palestra com o patriarca

terça-feira, 1 de abril de 2008

Palavra de Vida de Abril de 2008

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.” (Is 32,17)

“Até que sobre nós se derrame o espírito que vem do alto. Aí, então, o que era deserto virá a ser um bosque e o que era um bosque será uma floresta.” Assim começa o trecho que contém a Palavra de Vida deste mês. Na segunda metade do século VIII antes de Cristo, o profeta Isaías anuncia um futuro de esperança para a humanidade, de certo modo uma nova criação, um novo “bosque” ou “jardim”, onde moram o direito e a justiça, capazes de gerar paz e segurança. Essa nova era de paz (shalom) será obra do Espírito divino, força vital capaz de renovar a criação; e, ao mesmo tempo, será fruto do respeito pela Aliança, pelo pacto entre Deus e o seu povo e entre os componentes do próprio povo, uma vez que a comunhão com Deus e a comunidade dos homens são realidades inseparáveis.

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”

As palavras de Isaías recordam a necessidade de um esforço responsável e sério em respeitar as normas comuns da convivência civil, que impedem o individualismo egoísta e o arbítrio cego, favorecem a coexistência harmoniosa e o trabalho a serviço do bem comum. Mas, será possível viver segundo a justiça e praticar o direito? Sim, com a condição de que se reconheçam todas as outras pessoas como irmãos e irmãs e se veja a humanidade como uma família, no espírito da fraternidade universal. E como é possível enxergá-la assim, sem a presença de um Pai para todos? Ele, por assim dizer, já gravou a fraternidade universal no DNA de cada pessoa. Com efeito, a primeira vontade de um pai é que os filhos se tratem como irmãos e irmãs, que se queiram bem, que se amem. Por isso o “Filho” por excelência, o Irmão de cada homem, veio e nos deixou como norma da vida social o amor mútuo. E o respeito pelas regras da convivência e o cumprimento do próprio dever são expressões do amor. O amor é a norma suprema de toda ação; norma essa que promove a verdadeira justiça e traz a paz. As nações precisam de leis cada vez mais correspondentes às necessidades da vida social e internacional, mas sobretudo precisam de homens e mulheres que no seu íntimo saibam “ordenar” a caridade. Essa “ordem” é justiça, e só nessa ordem as leis têm valor.

“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”

Como viveremos, então, a Palavra de Vida durante este mês? Empenhando-nos ainda mais nos deveres profissionais, na ética, na honestidade, na legalidade. Reconhecendo os outros como pessoas da mesma família que esperam de nós atenção, respeito, proximidade solidária. Se você colocar a caridade mútua e contínua (que precede todas as coisas) na base da sua vida, nos seus relacionamentos com o próximo, como a mais completa expressão do seu amor para com Deus, então a sua justiça será realmente agradável a Deus.
“E o fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranqüilidade e segurança duradouras.”
No sul da Itália, um guarda civil com sua família decidiu morar, por opção de solidariedade para com as pessoas menos privilegiadas da cidade, num dos bairros novos que estavam surgindo: ruas sem asfalto, ausência de iluminação pública, de rede de água e de esgoto; serviços de assistência social e transporte público, nem pensar. “Procuramos criar com todas as famílias e cada habitante do bairro uma relação de conhecimento e de diálogo”, diz ele, “tentando sanar a fratura existente entre os cidadãos e a administração pública. Aos poucos, os cerca de 3.000 habitantes do bairro se tornaram agentes ativos no relacionamento com as instituições públicas, por meio de um comitê criado com esse objetivo. Chegaram a conseguir da administração regional a aprovação de uma verba significativa para a recuperação do bairro, que agora é um bairro-modelo, tendo criado até atividades de formação para representantes de todos os comitês de bairro da cidade”.

Chiara Lubich

sábado, 1 de março de 2008

Palavra de Vida de Março de 2008

“O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar plenamente sua obra.” (Jo 4,34)

Eis aí uma maravilhosa frase de Jesus que, de certo modo, todo cristão pode aplicar a si mesmo e que, se for praticada, é capaz de fazê-lo progredir muito na “Santa Viagem” da vida.Sentado junto da fonte de Jacó, na Samaria, Jesus está para concluir o seu diálogo com a Samaritana. Os discípulos, ao voltarem da cidade vizinha, aonde tinham ido buscar mantimentos, ficam admirados ao ver o Mestre conversando com uma mulher. No entanto, nenhum deles pede explicações. Depois que a Samaritana vai embora, eles insistem: “Rabi, come!” Jesus intui o que eles estão pensando e explica-lhes o porquê de sua atitude: “Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis”. Os discípulos não entendem; pensam no alimento material e se perguntam entre si se, durante a ausência deles, alguém teria trazido comida para o Mestre. Então, Jesus diz abertamente:

“O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar plenamente sua obra”

Para que nos mantenhamos vivos, é preciso que nos alimentemos todos os dias, e Jesus não nega isso. E aqui ele fala justamente de alimento, ou seja, que se trata de uma necessidade natural. Mas fala a respeito para afirmar a existência e a exigência de outro alimento, um alimento mais importante, do qual ele não pode abrir mão. Jesus desceu do Céu para fazer a vontade Daquele que o enviou e para realizar a sua obra. Não tem idéias e projetos próprios, mas os de seu Pai. As palavras que ele pronuncia e as obras que realiza são as do Pai; não faz a própria vontade, mas a vontade Daquele que o enviou. Essa é a vida de Jesus. Sua fome é saciada quando ele realiza isso. Agindo assim, fica nutrido. A plena adesão à vontade do Pai caracteriza toda a sua vida, até à morte de cruz, que é o momento em que levará realmente a termo a obra que o Pai lhe confiou.

“O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar plenamente sua obra”

Jesus considera como seu alimento fazer a vontade do Pai, porque, atuando-a, “assimilando-a”, “alimentando-se dela”, identificando-se com ela, recebe dela a Vida. E qual é a vontade do Pai, a sua obra, que Jesus deve realizar plenamente?É dar ao homem a salvação, dar-lhe a Vida que não morre.Jesus, pouco antes, comunicou à Samaritana uma semente dessa Vida, por meio de sua conversação e do seu amor. De fato, logo os discípulos hão de ver essa Vida germinar e espalhar-se, porque a Samaritana vai transmitir a outros samaritanos a riqueza descoberta e recebida: “Vinde ver um homem… Não será ele o Cristo?” (Jo 4,29). E Jesus, falando à Samaritana, revela o plano de Deus, que é Pai: que todos os homens recebam o dom da sua vida. É essa a obra que Jesus tem pressa de realizar, para confiá-la, depois, aos seus discípulos, à Igreja.

“O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar plenamente sua obra”

Será que também nós podemos viver essa Palavra, tão própria de Jesus, a ponto de refletirmos em nós, de modo todo especial, o ser, a missão e o zelo dele?Certamente! É preciso que também nós vivamos o fato de sermos filhos do Pai, por meio da Vida que Cristo nos comunicou, e assim nutrir nossa vida com a sua vontade.Podemos realizar isso cumprindo, momento por momento, aquilo que Ele quer de nós, realizando-o perfeitamente, como se não tivéssemos outra coisa para fazer. De fato, Deus não nos pede mais do que isso. Então, alimentemo-nos daquilo que Deus quer de nós, momento por momento, e assim experimentaremos que esse modo de agir nos sacia: dá-nos paz, alegria, felicidade; dá-nos – e não é exagerado dizê-lo – uma antecipação da felicidade eterna.Assim também nós contribuiremos com Jesus, dia após dia, para realizar as obras do Pai. Será o melhor modo de vivermos a Páscoa.

Chiara Lubich

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Wie im Himmel (parte II)

Neste encontro demos continuidade ao filme que tínhamos visto duas semanas antes. Para quem não viu aqui vai uma breve sinopse:

“Daniel Daréus é um maestro internacional no auge da carreira, mas que se sente sozinho, infeliz e desgastado pelas exigências do seu elevado padrão de vida.
Depois de um esgotamento físico e emocional, Daniel interrompe abruptamente a sua carreira e regressa, sozinho, a Norrland, a aldeia da sua infância situada numa parte remota da zona norte da Suécia. Assim que chega, a sua fama torna-o objecto de curiosidade, fascínio e suspeita. Muito rapidamente, é convidado para contribuir com alguns bons conselhos para o pequeno coro da igreja, cujos ensaios decorrem todas as quintas-feiras na casa da paróquia.

Daniel resiste, pois não quer voltar às luzes da ribalta. Contudo, embora relutante, acaba por aceitar ajudar, quando percebe que não pode recusar o pedido.

Para sua grande surpresa, quando começa a trabalhar com o coro, Daniel redescobre uma alegria com a música que há muito tinha perdido. No entanto, o trabalho de Daniel com o coro é uma grande ameaça ao estado das coisas na cidade, e ele vê-se rodeado de inimigos, incluindo o ciumento padre da paróquia e um perigoso e violento inimigo do passado. Ao mesmo tempo, Daniel faz novos amigos e um deles é a solitária e sensível Lena, uma mulher que o ajuda a ultrapassar os temores e a solidão. A vida de Daniel e a vida da aldeia nunca mais serão as mesmas.”

Como surgiu a ideia de vermos este filme? A ideia veiu da Lígia, na sequência de mais um encontro de formação de animadores:
“A ideia de vermos este filme surgiu porque tive a oportunidade de o visualizar no meu último encontro de formação… Este encontro teve como tema de trabalho a oração, sendo que este filme veio ajudar-nos a compreender determinadas coisas que no nosso dia a dia, não reparamos ou não queremos ver, como por exemplo; será que Deus está presente em mim todos os minutos e horas do meu dia? De que maneira é que ele se faz presente? De que maneira é que eu faço-me chegar até ele? Será que estou atenta aos sinais que ele me dá todos os dias? No encontro algumas pessoas disseram que Deus se fazia presente nelas no dia a dia, outras somente durante a catequese e a missa e outras que andavam distraídas para poder reparar.
Acredito que… e estabelecendo uma ponte com o filme… Deus está sempre connosco… Ele fala connosco em silêncio e através dos outros… só precisamos de nos entregar mais e ouvir aquilo que ele nos tem para dizer…temos de estar atentos aos sinais que Ele nos vai dando… Se nos lembrarmos o maestro não sabia muito bem porque é que tinha voltado à aldeia... Não se sabe muito bem porque é que ele começou a ensaiar o coro da Igreja… temos que prestar atenção e pormos Deus em tudo o que fazemos. Assim, não precisamos de estar sempre em oração para estarmos com Ele.”

Com a visualização do filme, surgiram-nos algumas questões, pormenores de várias personagens. Pormenores que discutimos no encontro e onde chegamos a algumas conclusões:

O “deficiente” que é aceite no coro
Somos todos diferentes, mas podemos viver todos um mesmo ideal.

O “gordo” que desde pequeno era insultado
É preciso estar atento ao outro; Olhá-lo todos os dias com olhos novos.

A velhota que não sabia aceitar tudo aquilo que era diferente…
Devemos aceitar as diferenças dos outros; Perceber o outro metendo-nos no lugar dele; Perceber a história dos outros para podermos amá-los melhor.

O velhote que esperou anos para se declarar à mulher que amava…
Compreender que podemos aproveitar o momento presente para dizer o quanto gostamos das pessoas que nos rodeiam.

A senhora a quem o marido bate
O sentido do perdão principalmente para aqueles que mais nos magoam…

O Pastor que nega a sua sexualidade e experiências afectivas suas e dos outros.
O gesto... Necessidade de estar atento

O maestro que aprende a amar o outro…
“Onde existe entrega, existe amor. E onde existe amor existe Deus”.


A conclusão que retiramos depois de falarmos das diferentes personagens foi que:

Podemos estabelecer as seguintes comparações:

Aldeia da população -> Comunidade de Barcarena

Coro -> O nosso grupo…

Foi então lançada uma pergunta: “Que lugar assume Deus na nossa vida?”
Depois de vermos o filme e o discutirmos reparamos que podíamos comparar aquele coro como o nosso grupo, ou seja, “aprendemos” alguns truques de como lidar uns com os outros. Para depois irmos ao encontro da “nossa aldeia” que é a Paróquia de Barcarena.
De facto, para isso acontecer, temos de aplicar o Primeiro Mandamento, fazendo com que Deus assuma um lugar importante na nossa vida. Para isso podemos usar a oração comunitária ou individual para assim saber qual a Vontade de Deus para nós em cada momento.