quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meditação

Leitura

Evangelho segundo S.Mateus (5, 13-16)

«Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde o sabor, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; só serve para ser lançado fora e ser pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte.

Ninguém acende uma lâmpada para a colocar debaixo de uma vasilha, mas sim para a colocar no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa.

Assim também: que a vossa luz brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que fazeis e louvem o vosso Pai que está nos céus».

Preces

Dêmos graças a Deus, que fez de nós seus filhos adoptivos:

Dai-nos, Senhor, um espírito novo

Senhor, onde existe uma vida sem horizontes de futuro,

que nós anunciemos uma esperança de vida eterna,

oremos.

Dai-nos, Senhor, um espírito novo

Senhor, onde há comunidades cristãs fechadas,

que nós levemos um novo ardor missionário,

oremos.

Dai-nos, Senhor, um espírito novo

Intenção

Senhor nosso Deus, nós Vos manifestamos a nossa disponibilidade para passar aos outros a notícia de que Cristo, vosso Filho, é o caminho, a Verdade e a Vida.

Por nosso Senhor.

Cântico

Há em ti uma esperança, que Deus te chama a viver.

A construir um caminho, de amor de e de verdade

Então tu irás confiante, em busca de um novo mundo.

E levarás contigo, o amor de Deus.

E proclamarás palavras, de confiança e de paz.

Há em ti uma semente, que Deus quer plantar.

Uma nova realidade, que tu podes partilhar.

Então tu irás confiante, em busca de um novo mundo.

E levarás contigo, o amor de Deus.

E proclamarás palavras, de confiança e de paz.

GJB, Páscoa 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Páscoa 2011 - Carta GJB

Olá querido amig@,

Depois de um encontro muito especial no último domingo antes da Páscoa, percebemos que o nosso grupo de jovens precisa de tomar forma, principalmente dentro da comunidade, para podermos ganhar uma identidade concreta e nos podermos definir como grupo cristão.

De facto o nosso grupo de jovens está a tomar novos contornos. Foi-nos feita uma proposta concreta de criarmos um grupo/catequese para pré-adolescentes para, mais tarde, o integrarmos no Grupo de Jovens. Este passo no percurso cristão é fundamental. Afinal, foi assim que a maioria de nós começou: cada um de nós teve diversas experiências de outros grupos antes de integrar o GJB. Além disso, a discrepância de idades entre os elementos do grupo e os jovens que se preparam para receber o sacramento do Crisma começa a ser cada vez maior, daí a necessidade de criar um grupo de pré-adolescentes (e quando falamos de idades falamos, fundamentalmente, de maturidade).

Urge a necessidade de nos definirmos como grupo. Como queremos ser visto na comunidade? Apenas como um grupo coral?

Acreditamos que o caminho passará por nos virarmos mais para os jovens da nossa comunidade. Mas em concreto, o que deveremos fazer?

O que achaste da proposta da irmã Alicia da formação de um grupo/catequese pré-adolescente?

Estas e outras novas ideias surgiram e, com a ajuda das irmãs Alicia e Sandra, acreditamos que iremos formar um grupo mais coeso, mais virado para a nossa comunidade, mais para os nossos jovens.

Todas estas questões aqui postas serão para tu poderes reflectir, agora que estamos no momento de Páscoa, um momento de mudanças, de ressurreição, de renascimento.

Também o grupo de jovens quer renascer, mais forte e mais unido e será com o esforço e emprenho de cada um que o iremos alcançar.

A próxima actividade em grupo será no dia 1 de Maio , na Cidadela, onde será o encontro das Jornadas dos Jovens para um Mundo Únido. Não te esqueças de confirmar a tua ida.

A coordenação deseja uma boa Páscoa para todos e, que não só Ele, mas também nós possamos renascer e voltar a acreditar neste grupo, grupo de cristãos, grupo de jovens, grupo de amigos, que é o GJB.

Um grande Abraço,

Ana Pereira

Coordenação GJB 2010/2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

1 de Maio.LUZ_um desafio, uma escolha, a resposta

“Cada um de nós pode viver por algo de grande, autêntico, infinito, verdadeiro…
Juntos, podemos ser como pequenos pontos de luz que dão um novo brilho à
humanidade.
Aceitas o desafio?”

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Palavra de Vida de Abril de 2011

«Não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres» [Mc 14, 36](1)

Jesus estava no Monte das Oliveiras, numa propriedade chamada Getsémani. A hora tão esperada tinha chegado. Era o momento crucial de toda a Sua existência. Ajoelha-se no chão e supli­ca a Deus – chamando-Lhe «Pai», com ternura familiar – que “afaste de Si aquele cálice”(2). Uma expressão que se refere à Sua Paixão e Morte. Reza para que passe aquela hora... Mas, no fim, dispõe-se total­mente a fazer a vontade do Pai:


«Não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres».


Jesus sabe que a sua Paixão não é um acontecimento ocasional, nem é sim­plesmente uma decisão dos homens. É um plano de Deus. Ele seria condenado e rejeitado pelos homens, mas o «cálice» vem das mãos de Deus.


Jesus ensina-nos que o Pai tem um pro­jecto de amor sobre cada um de nós. Ele ama-nos com um amor pessoal e, se acreditarmos nesse amor e se lhe cor­respondermos com o nosso amor – eis as condições –, Ele faz com que tudo se oriente para o bem. Para Jesus, nada aconteceu por acaso, e muito menos a Paixão e a Morte.


E depois houve a Ressurreição, cuja festa celebramos solenemente neste mês.


O exemplo de Jesus, Ressuscitado, deve ser uma luz para a nossa vida. Tudo aquilo que vier, aquilo que acontecer, aquilo que nos rodear e também tudo o que nos fizer sofrer, deve ser visto como a vonta­de de Deus que nos ama ou como uma permissão d’Ele, que continua a amar--nos. Então tudo terá sentido na vida, tudo será extremamente útil, até aquilo que, naquele momento, nos possa parecer incompreensível e absurdo. Até aquilo que – como aconteceu com Jesus – nos possa fazer cair numa angústia mortal. Basta que, juntamente com Ele, saibamos repetir, com um acto de total confiança no amor do Pai:


«Não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres».


A Sua vontade é que vivamos, que Lhe agradeçamos com alegria pelas dádivas da vida. Mas, às vezes, não coincide com aquilo que nós gostaríamos: um objecti­vo diante do qual nos devemos resignar – principalmente quando nos deparamos com o sofrimento –, ou uma sucessão de actos monótonos ao longo da nossa existência.


A vontade de Deus é a Sua voz, que continuamente nos fala e nos convida. É o modo com que Ele nos exprime o Seu amor, para nos dar a Sua plenitude de Vida.


Poderíamos representá-la com a ima­gem do Sol cujos raios são como a Sua vontade sobre cada um de nós. Cada um segue um raio de Sol, distinto do raio de Sol de quem está ao nosso lado, embora ambos sejam raios de Sol, isto é, a von­tade de Deus. Todos, portanto, fazemos uma única vontade, a vontade de Deus, mas, para cada um, ela é diferente. Além disso, os raios, quanto mais se aproxi­mam do Sol, mais se aproximam entre eles. Também nós, quanto mais nos aproximamos de Deus – com o cumpri­mento cada vez mais perfeito da divina vontade –, mais nos aproximamos entre nós... até todos sermos um.


Vivendo assim, tudo na nossa vida pode mudar. Em vez de procurarmos as pesso­as que nos agradam e amarmos só essas, podemos aproximar-nos de todos aqueles que a vontade de Deus coloca ao nosso lado. Em vez de preferirmos as coisas que nos agradam mais, podemos ocupar--nos daquelas que a vontade de Deus nos sugere e, portanto, dar-lhes a preferência. O estarmos totalmente projectados na vontade divina desse momento («o que Tu queres»), levar-nos-á, como consequên­cia, ao desapego de todas as coisas e do nosso eu («não se faça o que Eu quero»). Desapego que não é procurado proposi­tadamente – porque se procura a Deus apenas –, mas que se acaba por encon­trar. Então, a alegria será completa. Basta mergulharmos no momento que passa e realizar nesse momento a vontade de Deus, repetindo:


«Não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres».


O momento passado já não existe. O momento futuro não está ainda nas nos­sas mãos. É a situação, por exemplo, de um passageiro num comboio: para chegar ao seu destino, não tem que andar para a frente e para trás, dentro da carruagem, mas permanecer sentado no seu lugar. Devemos, assim, estar parados no presen­te. O comboio do tempo desloca-se por si. Só podemos amar a Deus no momento presente que nos é dado, pronunciando o nosso “sim” fortíssimo, incondicional, activíssimo à Sua vontade.


Amemos, portanto, aquele sorriso que oferecemos, aquele trabalho que faze­mos, aquele carro que é necessário guiar, aquela refeição que vamos preparar, aquela actividade para organizar, aquela pessoa que sofre ao nosso lado.


Nem a provação, nem o sofrimento nos devem assustar se, com Jesus, soubermos reconhecer neles a vontade de Deus, ou seja, o Seu amor por cada um de nós. Pelo contrário, poderemos rezar assim:


«Senhor, faz com que eu não tenha receio de nada, porque tudo aquilo que acontecer será unicamente da Tua von­tade! Senhor, faz com que não deseje nada, porque nada é mais desejável do que a Tua vontade.


O que é importante na vida? O importan­te é a Tua vontade.


Faz com que eu não desanime com nada, porque em tudo está a Tua von­tade. Faz com que não me exalte com nada, porque tudo é da Tua vontade».


Chiara Lubich


1) Palavra de Vida, Abril de 2003, publicada em Città Nuova, 2003/6, p. 7; 2) cf. Mc 14, 36.