terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Esperamos que venham muitos mais!

Não vos venho falar nem de retiros, nem de Magustos, nem tão pouco do Campo Apostólico, acho que o que venho contar teve um significado ainda maior, se calhar mais para uns do que outros, mas sem dúvida que para além de importante foi essencialmente especial!
E estão vocês para ai a pensar, afinal porque é que vens melgar a malta! Pois então eu venho falar de um dia, que faz hoje 4 meses, começou com certeza por ser stressante e frenético para alguns, mas no fundo, pelo qual todos ansiávamos.



Primeiro porque nos íamos ver livres dos "sermões" do Carlos ( obvio que não "GANDAAA" CARLOS :D). Depois estávamos contentes, por usar os novos pólos e ir cantar aquelas brilhantes músicas que nos custaram tanto a ensaiar ( Aleluia Aleluia ah ah ah). Aliás desde já as nossas desculpas, ainda tentámos trazer o Jorge Palma e a Mafalda Veiga, mas por falta de orçamento teve mesmo de ser a Lígia e o Daniel.
Mas a razão por estarmos tão nervosos deve-se sobretudo à felicidade que tínhamos ao ver dois grandes amigos a "juntarem os trapos".
Agora que relembro os ensaios, dá-me uma vontade de rir do caneco, numa palavra LOUCURA!! Eram divertidos, às vezes rabugentos, outros não fizemos nada e noutros demos o litro. Foi engraçado e sentíamos que a nossa missão era fazer daquele dia ainda mais especial. Espero (e acho) que se conseguiu.


Agora remetendo-me ao dia 29 de Setembro lembro-me de termos chegado, comentado as vestes de cada um e os penteados e coisas do género, lembro-me também de andarmos à procura de pólos para toda a gente ( lembro-me também da péssima ideia de ter ido de sapatos altos e eles se prenderem nas rachas que o chão da Igreja tem).
Bem foi também engraçada a forma como o Carlos nos veio dizer " epa, sabem da ultima, o Miguel esta atrasado, bem alguém que vá comprar uma revista para a Sofia" não foi preciso tanto, mas quase :)
Quando a Andreia entrou na Igreja reparei que vieram as lágrimas a muita boa gente, e comovemo-nos também com as Mães dos pombinhos que estavam absolutamente comovidas.
Enquanto cantámos O "Farei tudo o que me disseres" recordei alguns dos muitos momentos por que passámos em grupo, e percebi que era para mim uma grande felicidade e sorte poder estar ali naquele momento com o Miguel e com a Andreia, porque se somos irmãos e amigos não devemos apenas partilhar os momentos maus, mas principalmente os momentos bons.

A missa e o rito do matrimónio continuaram, e os nervos também, o Carlos ia mandando alguns piropos que nos faziam rir, mas rir com uma grande emoção.
A certa altura quando os noivos trocam as alianças e dão o beijo, olhámos uns para os outros com um grande sorriso e também com uma lágrima, não sei explicar, talvez alguém o saiba dizer, eu não consigo, mas sei que senti que o que se vivia era um momento de alegria para todos. Comentámos até, já no copo de água que tínhamo-nos sentido assim dentro de uma Grande família com todos os que estavam presentes e isso foi muito bonito.
Mas de todas as músicas a que mais me tocou foi sem dúvida a última, primeiro porque de certa forma os nervos de todos já tinham passado e porque os senhores já casados estavam a olhar para nós, e sentíamos todos que aquela era a prenda que lhe estávamos a dar e isso tocava-nos.
No fim da celebração estávamos tão contentes que até acrescentámos repertório ( Senhor eu quero ser um louco) e até fomos atirar arroz, que também foi engraçado.


A viagem para Alenquer foi animada e com troca de ideias entre todos, estávamos todos contentes por ter corrido bem. Uns foram almoçar do bom e do melhor, outros foram conhecer um pouco mais a vila e comemos debaixo de um alpendre acolhedor e muito jeitoso.
Com a Ânsia de irmos dançar comemos num instante, jogámos umas partidas de cartas e de matraquilhos e fomos para o restaurante, onde secretamente fazíamos os últimos retoques no nosso jeitoso Power Point.
Essa também foi outra, na altura de mostrá-lo, tava um pouco nervosa, queria que todos gostassem e estava com medo de ter escrito alguma coisa que não devesse. Acho que não e por isso fiquei contente por terem gostado. Lá mais para o fim da tarde foi também a melhor parte, a COMIDAA! ( diga-se também que era muita e boa) :P Convivemos muito, e com uma enorme alegria e união entre todos. Dançamos para além de muito e eu inclusive encontrei um novo amor ( Paulinho my love) =) A entrada do bolo de casamento foi assim digamos que misterioso e engraçado, ainda pensei que ia ver o Miguel de Samurai ou qualquer coisa do género, foi pena!
Enfim, foi um dia FELIZ para todos com um desejo enorme que vocês sejam felizes e que possam continuar a partilhar essa mesma alegria connosco.

E como diz o título do texto ( grande) que escrevi esperemos que comemorem muitos mais meses e anos como um casal apaixonado, unido e alegre que são.

Parabéns pelos 4 meses.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Palavra de Vida de Janeiro de 2008

«Orai sem cessar» (1 Tes 5, 17).

Este ano comemora-se o centenário da “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”. O “Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos” foi celebrado pela primeira vez de 18 a 25 de Janeiro de 1908. Sessenta anos mais tarde, em 1968, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos foi preparada conjuntamente pela Comissão Fé e Constituição (Conselho Ecuménico das Igrejas) e pelo Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Igreja Católica). Assim, desde então, é prática comum reunirem-se, todos os anos, cristãos católicos e cristãos de várias Igrejas, para preparar um pequeno livro com as sugestões para a celebração da Semana de Oração.
A Palavra, escolhida este ano por um grande grupo ecuménico dos Estados Unidos, foi tirada da Primeira Carta de S. Paulo aos cristãos de Tessalónica, na Grécia. Esta era uma comunidade pequena, jovem, e S. Paulo sentia a necessidade de que se consolidasse, cada vez mais, a unidade entre os seus membros. Por isso, convidava-os a «conservarem a paz» entre eles, a serem «pacientes para com todos», a não retribuírem «o mal com o mal», mas a procurarem «sempre o bem uns dos outros e de todos», e também a orarem «sem cessar». Era como se quisesse sublinhar que a vida de unidade na comunidade cristã só é possível através de uma vida de oração. O próprio Jesus rezou ao Pai pela unidade dos seus discípulos: «Que todos sejam um só» (1).

«Orai sem cessar».

Porquê “orar sempre”? Porque a oração é essencial à pessoa, enquanto ser humano. Fomos criados à imagem de Deus, como um “tu” de Deus, com a possibilidade de estar numa relação de comunhão com Ele. A relação de amizade, o colóquio espontâneo, simples e verdadeiro com Ele – e a oração é isto –, portanto, é constitutivo do nosso ser. Permite que nos tornemos pessoas autênticas, com toda a dignidade de filhos e filhas de Deus.
Criados como um “tu” de Deus, podemos viver em constante relação com Ele, deixando que o Espírito Santo encha de amor o nosso coração, e com a confidência que se tem com o próprio Pai: aquela confidência que leva a falarmos com Ele muitas vezes, a expor-Lhe todos os nossos problemas, os nossos pensamentos, os nossos projectos; aquela confidência que nos faz esperar com impaciência o momento dedicado à oração – repartido, durante o dia, noutros compromissos de trabalho, de família –, para nos pormos em contacto profundo com Aquele por Quem nos sentimos amados.
É preciso “orar sempre”, não só pelas nossas necessidades, mas também para que possamos colaborar na edificação do Corpo de Cristo e pela plena e visível comunhão dentro da Igreja de Cristo. Trata-se de um mistério que, de certo modo, podemos compreender se pensarmos nos vasos comunicantes. Quando deitamos mais água num dos vasos, o nível do líquido eleva-se em todos eles. O mesmo acontece quando alguém reza. A oração é uma elevação da alma para Deus, para O adorar e Lhe agradecer. Por isso, de modo análogo, quando alguém se eleva, também os outros se elevam.

«Orai sem cessar».

Como é que podemos “orar sem cessar”, especialmente quando nos encontramos imersos no turbilhão da vida quotidiana?
“Orar sempre” não significa multiplicar as orações, mas orientar a alma e a vida para Deus, viver a fazer a Sua vontade: estudar, trabalhar, sofrer, descansar e, até, morrer por Ele. E chegar ao ponto de já não conseguirmos viver, no dia a dia, sem nos pormos de acordo com Ele.
Assim, o nosso agir transforma-se numa acção sagrada e o dia inteiro torna-se uma oração.
Pode ser uma ajuda oferecermos a Deus cada acção que fizermos, acompanhando-a com um: «Por ti, Jesus». Ou, nas dificuldades: «O que é importante? O importante é amar-Te». Assim podemos transformar tudo num acto de amor.
E a oração torna-se contínua, porque contínuo será o nosso amor.
Chiara Lubich
1) Jo 17, 21.